quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Expansão Ultramarina Portuguesa



Enquanto a Europa achava-se envolvida com os efeitos da crise do século XIV Portugal organizava um governo centralizado, forte e aliado da burguesia. A precoce centralização política lusitana, conjugada a outros fatores, valeu-lhe o pioneirismo no processo de expansão marítima comercial européia. Teve seu início com a conquista da cidade de Ceuta. Localizada no norte da África, importante centro comercial, lá eram negociadas vários tipos de mercadorias: seda, marfim, ouro e escravos. (Além do interesse comercial, significava também a continuidade da reconquista cristã, pois ajudou a libertar a navegação comercial européia dos piratas marroquinos, donos da conquista de Ceuta.)

 Em 1415, os portugueses estabeleceram seu domínio sobre Ceuta, um importante entreposto comercial árabe no norte da África. A partir de então, Portugal deu início à conquista progressiva de toda acosta atlântica africana. Passo a passo, os portugueses foram contornando a África, estabelecendo feitorias e fortificações milhares por toda a costa, dando início ao périplo africano. Realmente, a conquista de Ceuta foi uma empresa nacional e cosmopolita, englobando os mais díspares interesses. A aventura convinha ao Rei, à nobreza, à  burguesia dos portos, ao “povo miúdo, enfim, à nação. 


A necessidade comum de superar os males decorrentes das crises do século XV aglutinava todos os ânimos em torno do objetivo de levar avante a temerária expedição. Ceuta, conquistada em função de um complexo motivos, arremessaria os Avís para o Atlântico. Após a conquista de Ceuta, Portugal iniciaria o bordejamento da África. Para a burguesia mercantil lusitana – cujo porta-voz era Dom Henrique, o Navegador, teórico da expansão ultramarina – era fundamental buscar metais e escravos africanos, cujo tráfico para o próprio território português seria grande fator de lucro. 


A Igreja Católica, por meio das bulas dos Papas Eugênio IV, Nicolau V e Calixto III, ordenou que fundos fossem aplicados pela Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, então encabeçada por D. Henrique, na execução do “périplo africano”. Entre 1415 e 1460, foram descobertos e ocupados os Açores, a Madeira, Cabo Verde e a Guiné. Em 1482, navios portugueses chegaram a foz do rio Congo; seis anos depois, Bartolomeu Dias descobriu o Cabo das Tormentas, imediatamente denominado da Boa Esperança, abrindo o caminho para as Índias.


 Por fim, em 1498, Vasco da Gama realizaria o sonho português de chegar ao subcontinente indiano, atingindo Calicut. O infante Dom Henrique, filho de D. João I, participou da conquista de Ceuta, em 1416, compreendendo a importância de uma modernização tecnológica para o desenvolvimento comercial português, fundou a Escola de Sagres, na qual se realizaram importantes avanços na arte de navegar. Desfrutando de uma localização privilegiada, os navegadores lusos lançaram-se ao oceano Atlântico, visando, primordialmente, romper com o monopólio comercial italiano sobre as especiarias orientais. 

Ali, reuniu uma competente equipe de astrônomos, geógrafos, matemáticos, construtores de instrumentos náuticos, cartógrafos e navegadores. A Escola de Sagres tornou-se o mais avançado centro de estudos de navegação da época. Atingir o Oriente e apossar-se de seu comércio foi, desde o início, o objetivo. 




Um comentário:

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